Jó 7:2

Como o escravo que suspira pela sombra, e como o jornaleiro que espera pela sua paga,

Jó 7:3

assim se me deram meses de escassez, e noites de aflição se me ordenaram.

Jó 7:4

Havendo-me deitado, digo: Quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me revolver na cama até a alva.

Jó 7:5

A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó; a minha pele endurece, e torna a rebentar-se.

Jó 7:6

Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão, e chegam ao fim sem esperança.

Jó 7:7

Lembra-te de que a minha vida é um sopro; os meus olhos não tornarão a ver o bem.

Jó 7:8

Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus olhos estarão sobre mim, mas não serei mais.

Jó 7:9

Tal como a nuvem se desfaz e some, aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir.

Jó 7:10

Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar o conhecerá mais.

Jó 7:11

Por isso não reprimirei a minha boca; falarei na angústia do meu espírito, queixar-me-ei na amargura da minha alma.