Jó 7:2
Como o escravo que suspira pela sombra, e como o jornaleiro que espera pela sua paga,
Como o escravo que suspira pela sombra, e como o jornaleiro que espera pela sua paga,
assim se me deram meses de escassez, e noites de aflição se me ordenaram.
Havendo-me deitado, digo: Quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me revolver na cama até a alva.
A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó; a minha pele endurece, e torna a rebentar-se.
Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão, e chegam ao fim sem esperança.
Lembra-te de que a minha vida é um sopro; os meus olhos não tornarão a ver o bem.
Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus olhos estarão sobre mim, mas não serei mais.
Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar o conhecerá mais.
Por isso não reprimirei a minha boca; falarei na angústia do meu espírito, queixar-me-ei na amargura da minha alma.